"O Verão de 2012 ficou assinalado pela clara percepção do falhanço da estratégia da redução do défice através do aumento da carga fiscal, revelando os números da execução orçamental quedas acentuadas nalguns impostos que até agora tinham respondido em bom ritmo aos aumentos de taxas.
Paralelamente os números do desemprego subiram para valores inimagináveis, enquanto que a coesão económica e social continuou a ser atingida pela « fadiga da austeridade », que tantos tinham previsto, sem que surgissem indícios de qualquer modificação profunda de política económica.
No plano europeu, a forma como tudo se suspendeu para férias dos dirigentes políticos tornou-se o aspecto mais marcante numa zona euro claramente incapaz de definir um programa coerente de saída da crise e de o executar sem tibiezas."
Eduardo Paz Ferreira
Diretora da Revista de Finanças Públicas e Direito Fiscal